NEOPLASIA GÁSTRICA NO BRASIL E NO
ESTADO DO PIAUÍ: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
*Augusto
de Sousa Andrade Neto, *Caroline Rodrigues de Sousa, *Igor Antônio Santana de
Souza Muniz, * Maria Elisabeth Leal da Mata, **Renato Felipe de Andrade, *Rita
de Cassia Dias da Silva Ibiapino, *Verônica Teresa de Lima Martins, *Wambério
Querino de Carvalho.
RESUMO
INTRODUÇÃO: O aumento dos casos de câncer no Brasil vem crescendo segundo a
expectativa de vida populacional. O câncer gástrico em 1980 foi considerado o
câncer mais comum no mundo, no Brasil em 2014 foi considerado o quarto em
incidência no sexo masculino e o sexto no sexo feminino. OBJETIVO: Investigar, na literatura, a incidência
e a mortalidade por câncer gástrico no Piauí e no Brasil nos últimos 9
anos. REVISÃO DE LITERATURA: Segundo o Data SUS de 2007 a
2011, as mortes por câncer gástrico vem crescendo a cada ano, em 2011,
somando-se o câncer de esôfago e estômago, eles foram responsáveis por 7% dos
óbitos por câncer no estado do Piauí, sendo o câncer de esôfago responsável por
2,9% (24 casos) e o câncer de estômago responsável por 4,1% (34 casos). Um
estudo realizado em 2012 num núcleo de referência de tratamento de câncer no
Piauí, mostrou que o câncer gástrico precoce ainda é pouco diagnosticado,
evidenciando que ele atinge duas vezes mais o sexo masculino, com o pico de
incidência dos 50 aos 70 anos, e acomete mais as classes de baixo poder
aquisitivo e com menor grau de escolaridade. METODOLOGIA: Estudo de revisão de literatura, por meio de bibliografias disponíveis
nos bancos de dados: Biblioteca Virtual
em Saúde, Scielo, portais da Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde,
sendo o estudo realizado no mês de maio a julho de 2016. Utilizou-se artigos
que falavam sobre a incidência e a mortalidade do câncer gástrico no Brasil e
no Piauí. Os critérios para inclusão dos artigos foram: A procura por temas que
relatassem em seu conteúdo as palavras chave do estudo (câncer gástrico no
Piauí, câncer gástrico, incidência e mortalidade). Adotou-se como critério, a aplicação de
artigos publicados em língua portuguesa e inglesa que tivessem sido publicados
entre os anos
de 2007 a 2016. Como critério de exclusão, artigos com
data inferior ao ano de 2007, artigos de estudo
contendo apenas um caso clínico e artigos sem referência. Após a leitura de 32
resumos, foram selecionadas 14 publicações. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Os estudos analisados mostram que o câncer no
Brasil e no Piauí vem crescendo à medida que a expectativa de vida aumenta, os
casos de câncer gástrico ainda são pouco diagnosticados, o que poderia diminuir
a taxa de mortalidade precoce, por isso falta maior agilidade por parte dos
profissionais de saúde em diagnosticar inicialmente essas neoplasias, para
assim poder se traçar planos de tratamentos específicos e gerar melhor
qualidade de vida aos portadores do câncer gástrico.
PALAVRAS - CHAVE: Câncer gástrico no Piauí; Câncer
Gástrico; Incidência; Mortalidade.
ABSTRACT
INTRODUCTION: The increase of cancer cases in Brazil has grown
according to expectations population lives. Gastric cancer in 1980 was
considered the most common cancer in the world, in Brazil in 2014 was
considered the fourth in incidence in men and the sixth in women. To
investigate, the literature, the incidence and mortality of gastric cancer in
Piauí and Brazil in nine years. LITERATURE
REVIEW: According to the Data SUS 2007-2011, deaths from gastric cancer is
growing every year, in 2011, adding to cancer of the esophagus and stomach,
they accounted for 7% of cancer deaths in the state of Piauí, and esophageal
cancer accounted for 2.9% (24 cases) and stomach cancer accounts for 4.1% (34
cases). A study conducted in 2012 in a cancer treatment reference core in
Piauí, showed that early gastric cancer is still poorly diagnosed, showing that
it reaches twice the male, with the peak incidence of 50 to 70, and affects
more low-income classes and lower education. METHODOLOGY: literature review study, through bibliographies
available in databases: Virtual Health Library, Scielo, the World Health
Organization portals, Ministry of Health, and the study carried out in May and
July 2016. We used If articles that talked about the incidence and mortality of
gastric cancer Brazil and Piauí. The inclusion criteria for articles were:
Demand for subjects who reported on their content the study of keywords
(gastric cancer in Piauí, incidence and mortality). It was adopted as a
criterion, the application of articles published in Portuguese and English that
had been published between the years 2007 to 2016. The exclusion criteria,
items with date lower than the year 2007, study articles containing only a clinical
case and articles without reference. After reading of 32 abstracts were
selected 14 publications. CONCLUSION:
The analyzed studies show that cancer in Brazil and Piauí is growing as life
expectancy increases, the cases of gastric cancer are still poorly diagnosed,
which could decrease early mortality rate, so lack higher agility by health
professionals initially diagnose these tumors, thus to be able to trace
specific treatment plans and generate better quality of life to patients of
gastric cancer.
KEY - WORDS: GASTRIC CANCER OF PIAUÍ; GASTRIC CANCER; INCIDENCE; MORTALITY.
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização mundial de saúde (OMS), em 2015 o câncer (CA) é um dos principais problemas de saúde
pública em todo o mundo, constituindo-se de um conjugado de mais de 100 enfermidades,
onde ocorrem mutações genéticas pertinentes ao crescimento e a mitose celular, levando
ao crescimento descontrolado de células atípicas ou cancerosas (OMS, 2015).
O aumento dos
casos de CA no Brasil vem aumentando segundo a expectativa de vida populacional.
Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para 2014, houve uma estimativa
de 395 mil novos casos de câncer no Brasil, com exceção do câncer de pele não
melanoma. Os cânceres mais incidentes entre os indivíduos do sexo masculino e
feminino, respectivamente, são os de próstata, de mama, de colo do útero, seguido
dos de pulmão, colorretal, estômago, cavidade oral e glândulas tireóide (INCA,
2014).
Em 1980 o câncer
gástrico foi considerado o câncer mais comum do mundo.
O câncer gastrointestinal (CA GAST), é um dos mais incidentes
entre as populações, abrange tumores que atingem desde a boca até outros
órgãos, como o esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, vesícula biliar,
fígado, pâncreas e reto (INCA, 2014).
Os CA GAST mais frequentes
são os de cólon, reto, estômago, cavidade oral e esôfago. No Brasil, o CA GAST
é o quarto tumor maligno mais frequente entre os homens e sexto entre as
mulheres, e em ambos os sexos a sua incidência aumenta a partir de 35 - 40 anos
(INCA, 2014).
A frequência de
CA GAST vem se atenuando, contudo a mortalidade continua alta. A sobrevida em
pacientes com a doença em cinco anos é em torno de 30% nos países desenvolvidos
e 20% nos países em desenvolvimento (ZILBERSTEIN et al, 2013).
Considerando-se que
o CA GAST é um dos CA com maior incidência no Brasil, o objetivo do presente
estudo foi investigar, na literatura, a incidência e a mortalidade de CA GAST
no Brasil e no estado do Piauí nos últimos 9 anos.
REVISÃO
DE LITERATURA
Segundo Hoff (2012), o tubo
digestivo é dividido em trato gastrointestinal superior e inferior, onde o
superior é formado pela boca, faringe, estômago e esôfago, já o trato
gastrointestinal inferior é formado pelo intestino delgado e grosso (HOFF,
2012).
A incidência e mortalidade de CA
vêm crescendo em todo o mundo, no Brasil esses casos não são diferentes, pois à
medida que aumenta a expectativa de vida, aumentam-se as taxas de morbidade e
mortalidade devido a neoplasias cancerígenas (INCA, 2012).
Segundo o INCA,
mais de 576 mil casos de cânceres ocorreram entre 2014 e 2015, dos quais 20 mil
foram relacionados ao câncer gástrico, sendo 65% desses casos diagnosticados em
homens acima de 50 anos. Nas regiões Norte
e Nordeste do Brasil encontra-se o terceiro maior índice entre a população (6
por 100 mil casos) (INCA, 2012).
O CA GAST se caracteriza
pelo crescimento desordenado das células que compõem a
parede gástrica. Os
tumores gástricos se apresentam na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos
tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma
(2%), iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos (HOFF, 2012).
O Ministério da
Saúde menciona que, embora a incidência dos tumores gástricos apresente redução
significativa nos últimos anos, o número de brasileiros diagnosticados com
câncer gástrico é bem alto, tornando-se o sexto tumor maligno entre mulheres e
quarto entre os homens (OMS, 2012).
Nos grupos de
baixo nível socioeconômico a incidência de câncer gástrico e a taxa de mortalidade
são três vezes maiores do que nas populações de nível socioeconômico médio e alto,
devido aos hábitos alimentares, fatores ambientais, sociais e clínicas,
representando um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento
(MELO; NUNES; LEITE, 2012).
Segundo o Data SUS, de
2007 a 2011, as mortes por câncer gástrico vem crescendo a cada ano, em 2011,
somando-se o câncer de esôfago e estômago, eles foram responsáveis por 7% dos
óbitos por câncer no estado do Piauí, sendo o câncer de esôfago responsável por
2,9% (24 casos) e o câncer de estômago responsável por 4,1% (34 casos) (MS,
FNS, CNE, 2016).
Um estudo realizado em
2012, em um núcleo de referência de tratamento de câncer no Piauí, mostrou que
o câncer gástrico precoce ainda é pouco diagnosticado, evidenciando que ele
atinge duas vezes mais o sexo masculino, com o pico de incidência dos 50 aos 70
anos, e acomete mais as classes de baixo poder aquisitivo e com menor grau de
escolaridade. Isso demonstra que, faz-se necessário, a criação de políticas
públicas voltadas para este fim, ou seja, trabalhos no intuito de se realizar diagnósticos precoces e de
prevenção da doença (CAMPELO; LIMA, 2012).
Em uma recente pesquisa
realizada pelo INCA, observou-se que existe a estimativa de que, em 2016, o
Piauí terá uma incidência de mais de 6 mil casos de câncer em todo o estado,
sendo o câncer de pele o de maior incidência, cerca de 1900 casos, seguido do
câncer de próstata (890 casos) e mama (580 casos), o câncer do tubo digestivo
fica no quarto lugar, onde as suas principais regiões afetadas são: cólon e
reto, estômago, cavidade oral, laringe, bexiga e esôfago (INCA 2015).
A produção de
conhecimento científico sobre o tema proposto é escassa. Desse modo observa-se
a importância de termos dados mais recentes sobre essa patologia. É necessário
realizarem-se mais pesquisas com foco nesses dados, para que essas
investigações possam evidenciar os níveis de incidência e de mortalidade do
câncer gástrico no Estado do Piauí e no Brasil.
METODOLOGIA
Trata-se de um
estudo de revisão de literatura, por meio de referências bibliográficas disponíveis
nos bancos de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scielo (Scientific)
Eletronic Library (On-line), portais da Organização Mundial de Saúde (OMS),
Ministério da Saúde, sendo o estudo realizado no dia 2 do mês de maio de 2016
até o dia 16 de julho de 2016.
Foram utilizados
para a realização deste trabalho, artigos que falavam sobre a incidência e a
mortalidade do câncer gástrico no Brasil e no Estado do Piauí.
Foram empregados
critérios para inclusão da seleção dos artigos utilizados: como, a procura por temas
que relatassem em seu conteúdo as palavras chave do estudo. Adotou-se como critério, a aplicação de
artigos publicados em língua portuguesa e inglesa que tivessem sido publicados
entre os anos de 2007 a 2016. Foram
utilizadas como palavras chave para a pesquisa: câncer gástrico no Piauí, câncer
gástrico, incidência e mortalidade.
Como critério de exclusão: artigos com data inferior ao ano de 2007, artigos de estudo contendo apenas um caso clínico e
artigos sem referência. Após a leitura de 32 resumos, foram selecionadas 14
publicações.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Fica evidenciado que os casos de
câncer gástrico estão intimamente ligados aos maus hábitos de higiene, má
alimentação, ao tabagismo e possui maiores índices na sociedade de baixo nível
econômico, incumbindo assim aos profissionais de saúde se qualificar, e assim,
trabalhar diretamente com táticas que visem a prevenção desses pacientes
oncológicos, como também a promoção de políticas públicas, voltadas para o
diagnóstico precoce e prevenção do CA GAST.
Estudos analisados mostram que o câncer no
Brasil e no estado do Piauí vem crescendo à medida que a expectativa de vida
aumenta. Os casos de câncer gástrico ainda são pouco diagnosticados. Esse
diagnóstico poderia diminuir a taxa de mortalidade precoce, por isso falta
maior agilidade por parte dos profissionais de saúde em diagnosticar
inicialmente essas neoplasias, para assim poder se traçar planos de tratamentos
específicos e gerar melhor qualidade de vida aos portadores do câncer gástrico.
É importante refletirmos a
elaboração de estratégias dinâmicas, voltadas à promoção nutricional de qualidade,
ao saneamento básico, ao combate do tabagismo e as disparidades sociais que
afligem nosso país. Todas essas ações são ferramentas de grande valor na
prevenção e no combate aos fatores de risco que contribuem para a origem do
câncer gástrico.
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